Não podemos fazer um mercado de carbono ‘abrasileirado’, diz coordenador da Fazenda

O coordenador-geral de Estrutura Produtiva e Sustentabilidade do Ministério da Fazenda, José Pedro Neves, afirmou que, embora as demandas nacionais devam ser consideradas, não devem ser as únicas diretrizes para a regulação do mercado de carbono no Brasil e que, se o país criar uma legislação muito diferente, perderá espaço no mercado internacional.

Neves fez essas observações durante o painel "O caminho para a regulação do mercado de carbono", promovido pela ANBIMA Summit em São Paulo. Ele ressaltou que os órgãos internacionais podem não reconhecer o mercado brasileiro como um de seus pares internacionais se ele trouxer muitas especificidades.

"A integridade internacional é importante para sanar a dupla contagem. Um crédito que é exportado do Brasil para a Suíça, por exemplo, pode contar para as métricas daquele país e não nossas e pode acabar contando de forma negativa para nós", explicou, destacando a importância de o país seguir um padrão global.

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