Emissões financiadas e descarbonização 

Emissões financiadas e descarbonização 

Por Lucas Tozetti * 

Diante das mudanças climáticas que recentemente testemunhamos em escala global, a urgência de medidas concretas visando redução na emissão de gases estufa se torna mais evidente do que nunca. A descarbonização não é mais uma escolha, mas uma necessidade imperativa para preservar ecossistemas, comunidades e alcançar maior estabilidade econômica global.

Nesse cenário, as instituições financeiras não devem se limitar a mitigar riscos. Elas possuem também um papel crucial no enfrentamento das mudanças climáticas e na transição para uma economia global descarbonizada.

Ao direcionar seus investimentos e criar condições favoráveis para empresas comprometidas com práticas sustentáveis e responsáveis, as instituições financeiras exercem influência direta sobre as estratégias e práticas dessas organizações. Tornam-se, assim, catalisadoras de iniciativas financeiramente atrativas que visam, por exemplo, a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Quais são as emissões pelas quais instituições financeiras são responsáveis?

 

As emissões financiadas referem-se às emissões de gases de efeito estufa provenientes dos ativos presentes nas carteiras das instituições financeiras. Essas emissões são, em grande parte, viabilizadas pelos empréstimos e investimentos concedidos por essas instituições. Conforme o relatório "The Time to Green Finance" do CDP, as emissões financiadas são, em média, 700 vezes superiores às emissões diretas das instituições financeiras globais, destacando que a maior parte do impacto climático do mercado financeiro está vinculada ao financiamento de atividades poluentes.

A análise das emissões financiadas é essencial para que as instituições financeiras possam efetivamente exercer seu papel de influência sobre as empresas. Além disso, é crucial para que acompanhem a evolução da descarbonização e a redução dos riscos climáticos e de transição em suas carteiras de investimento.

Devido a isso, instituições financeiras vêm enfrentando cada vez mais pressões de governos, órgãos reguladores e investidores para mensurar o impacto de suas operações financeiras e adotar medidas concretas. 

As instituições financeiras conseguirão se adaptar a tantos novos processos em um curto espaço de tempo?

 

A implementação de tecnologias disruptivas, como o DEEP Instituições Financeiras, otimiza processos de coleta de dados e mensuração, além de melhorar a eficiência e facilitar a identificação de oportunidades de investimento sustentáveis.

A habilidade de adotar e integrar rapidamente essas inovações definirá o sucesso das instituições financeiras na vanguarda da descarbonização, permitindo não apenas a adaptação às mudanças, mas também a liderança na redefinição de padrões e práticas do setor.

* Lucas Tozetti é Head de Produtos para Instituições Financeiras na DEEP 

 

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