Cientistas da DEEP: Gleice Rodrigues

Riscos climáticos de todos os municípios brasileiros 

Por Gleice Rodrigues 

 

Ao longo de 2023, a DEEP realizou um amplo estudo sobre os riscos climáticos de cada uma das cidades brasileiras. Foram analisados os níveis de ameaça climática, exposição, e vulnerabilidade de mais de 5000 municípios em relação a inundação, deslizamento de terra e incêndios. O próximo passo é estender o trabalho para outros riscos – ondas de calor, ondas de frio, submersão oceânica, secas e vendaval. 

A avaliação do impacto dos riscos climáticos desempenha um papel crucial na compreensão e na análise das potenciais consequências e perdas decorrentes das mudanças climáticas. Essas medidas são desenvolvidas para quantificar a probabilidade e a intensidade dos efeitos climáticos extremos, levando em consideração variáveis socioeconômicas, ambientais e climáticas. 

Ao fornecer informações detalhadas sobre os riscos associados às mudanças climáticas, esses índices desempenham um papel fundamental na elaboração de estratégias tanto no âmbito público quanto privado, além de contribuírem para a implementação de ações efetivas de adaptação e mitigação.

Os riscos climáticos têm uma relação direta com as regulações do BACEN, SUSEP e PREVIC, devido à necessidade de considerar os efeitos das mudanças climáticas nos setores financeiros e de seguros; e análise de riscos, considerando aspectos relacionados à sustentabilidade econômica, ambiental, social e de governança para Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

Com esse mapeamento, conseguimos analisar os contratos de uma seguradora ou instituição financeira e demonstrar de forma objetiva e granular as ameaças climáticas às quais sua carteira está sujeita e seus níveis de exposição e vulnerabilidade a cada risco de impacto. 

Um ponto interessante a destacar é a diferença entre exposição e vulnerabilidade. Pegando como exemplo, países como Brasil e Japão e a possibilidade de ocorrência de uma  tsunami. Sob o ponto de vista de exposição, a probabilidade no Japão é muito maior do que no Brasil. Mas, se formos analisar vulnerabilidade, o quadro se inverte: somos muito mais vulneráveis que o Japão, uma vez que eles estão preparados e têm tecnologia para enfrentar tsunamis. 

É fundamental que tomadores de decisão se conscientizem sobre a importância da identificação de riscos e ameaças e da incorporação desta análise às suas estratégias. Prevenção sempre é a melhor opção! 

* Gleice Rodrigues é Doutora em Recursos Florestais e Pesquisadora de Metodologia e Sustentabilidade da DEEP

 

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