Base de dados da DEEP: confiabilidade e pioneirismo 

Fernanda Massaro, Head de Sustentabilidade 

Por meio de uma robusta base de dados, a DEEP tem fornecido a um número crescente de empresas e instituições financeiras soluções para calcular e gerenciar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

A DEEP utiliza modelos de insumos e produtos ambientalmente estendidos (EEIO – Environmentally-extended input output) para estimar as emissões  resultantes da produção e atividades da cadeia de abastecimento. Os fatores de emissão médios setoriais são derivados do Inventário Nacional de Emissões de GEE e da matriz de insumo-produto do Brasil, que resume as transações econômicas do país. Isso garante que as estimativas de emissão sejam específicas para a economia brasileira, refletindo as relações tecnológicas e a produção setorial.

A matriz insumo-produto

A matriz insumo-produto é uma ferramenta utilizada para descrever as interações econômicas entre diferentes setores de uma economia. Ela mapeia o fluxo de bens e serviços, detalhando como os produtos de um setor são utilizados como insumos por outros setores e como os produtos finais são consumidos.

Organizada em duas partes principais, os Setores Intermediários (que inclui  transações entre os setores produtivos da economia, onde os produtos de um setor são utilizados como insumos por outros setores) e Setores de Consumo Final (que inclui o consumo final de bens e serviços pelas famílias, governo, exportações, etc), a matriz permite analisar como as mudanças na demanda de um setor afetam outros setores, fornecendo uma visão clara das interdependências econômicas. Governos e instituições utilizam a matriz para planejar políticas econômicas e avaliar o impacto de investimentos e políticas fiscais em diferentes setores da economia.

Na gestão ambiental, a matriz insumo-produto é um instrumento relevante para estimar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas à produção e ao consumo, permitindo que as empresas avaliem seu impacto ambiental indireto, sem depender dos dados de seus fornecedores. As emissões totais do país são distribuídas entre todos os 126 principais produtos da economia brasileira, que se agregam em 68 setores, de acordo com a classificação do IBGE. 

Os valores de emissão podem ser compreendidos como sendo efetivamente um atributo da “tecnologia de produção” de cada setor no ano contabilizado. Desse modo, se um setor emitiu “T” toneladas de carbono para uma produção “P”, se espera que, mantida a tecnologia de produção, a cada real produzido, t/p toneladas de carbono serão emitidas. Este fator de emissão corresponde ao valor anual médio representativo do setor como um todo e é obtido a partir dos dados mais recentes disponíveis.

O fator de emissão é, portanto, associado ao estado da tecnologia de produção do país no ano de referência. Mesmo quando corrigido pela inflação para ser aplicado a transações ocorridas em anos subsequentes, tal fator permanece retratando as relações tecnológicas do ano para o qual foi construído.

Diferenciais e benefícios da base de dados da DEEP

A base de dados da DEEP utiliza dados reais da economia brasileira, proporcionando uma estimativa mais precisa das emissões de GEE. Isso é especialmente relevante em comparação com dados importados de outros países, que podem não refletir a realidade econômica e tecnológica do Brasil.

O método de cálculo é baseado em gastos, e as emissões de bens e serviços são estimadas a partir do valor econômico desses bens e serviços. Este método é particularmente útil para calcular as emissões do escopo 3, que incluem as emissões indiretas da cadeia de suprimentos.

Uma das grandes vantagens da base de dados da DEEP é justamente a capacidade de calcular as emissões do escopo 3 de maneira eficiente. Tradicionalmente, esta é uma categoria difícil de calcular, pois requer a coleta manual de dados de todos os insumos adquiridos. Com a base de dados da DEEP, as empresas podem automatizar esse processo, economizando tempo e recursos.

A DEEP não só calcula os fatores de emissão, mas também analisa todos os fluxos considerados em cada fator. Isso proporciona maior visibilidade sobre como mudanças nas emissões de um setor podem impactar outros setores, garantindo que as estimativas sejam transparentes e bem fundamentadas.

A metodologia EEIO utilizada pela DEEP permite que as empresas vejam como suas atividades afetam e são afetadas por outros setores. Isso é crucial para identificar áreas de melhoria e implementar estratégias mais eficazes de redução de emissões.

A base de dados da DEEP é compatível com padrões internacionais como o GHG Protocol, facilitando a elaboração de relatórios de sustentabilidade e a conformidade com regulamentos ambientais. Isso não apenas ajuda na transparência, mas também fortalece a reputação da empresa perante investidores, clientes e outros stakeholders.

A base de dados da DEEP garante que as estimativas de emissão sejam precisas e relevantes para a realidade brasileira. Ao utilizar essa base de dados, as empresas e instituições financeiras não apenas cumprem suas obrigações regulatórias, mas também demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

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