Por Paulo Miranda, CSO e cofundador da DEEP
Durante os anos 90, participei de diversos projetos humanitários em dezenas de países liderados por organizações internacionais. Essa experiência me fez refletir profundamente sobre o poder transformador das finanças ou, do que eu costumava chamar de development capital e o impacto que têm sobre os indivíduos, as comunidades e o mundo numa perspectiva mais ampla.
Foi essa compreensão que direcionou minha trajetória profissional e empresarial a partir daí. Em 2020, fundei com Arthur Covatti a DEEP, com o objetivo de entender a dimensão dos impactos e mensurar de forma precisa, científica, escalável, tornando estrategicamente viável (e gerenciável) essa percepção.
Quando fomos convidados a colaborar na realização do “Finance of Tomorrow” (FoT), imediatamente nos tornamos apoiadores, uma vez que o evento estava absolutamente alinhado às nossas convicções e visão sobre o futuro.
Minha análise: o FoT reuniu líderes do setor financeiro, reguladores e especialistas de várias regiões do mundo para discutir como podemos moldar um futuro mais sustentável e inclusivo, entendo que o sistema financeiro já passa por uma ampla transformação. Fiquei impressionado com a diversidade do público e a profundidade das discussões. A agenda foi cuidadosamente elaborada para abordar as mudanças regulatórias e tecnológicas que estão redefinindo o papel das instituições financeiras na sociedade e o seu impacto na sustentabilidade, inclusão e outras agendas atuais e urgentes.
Agradeço aos nossos convidados: Rafaella Dortas, do BTG, e José Pulgas, da JGP, Nathalie Vidual da CVM, e Viviane Romeiro do CEBDS, e a Jorge Arbache (Universidade de Brasília) que aceitaram nosso convite e trouxeram insights valiosos para as discussões. Além disso, Roberto Alvarez, com sua excelente moderação, conseguiu envolver todos os participantes de maneira profunda e significativa, e também ao nosso conselheiro Amaro Gomes e Pedro Parente, Chair da ebCapital.
Parabenizo a todos colegas da Potion, organizadora do evento, por criar uma plataforma tão relevante e abrangente. O “Finance of Tomorrow” não apenas destacou a importância da sustentabilidade e da inclusão, mas também nos desafiou a pensar em como podemos continuar a impulsionar essas agendas no futuro. O evento foi um marco importante na discussão sobre o futuro das finanças e sua conexão com as agendas globais de sustentabilidade.
Estou ansioso para ver os desdobramentos dessas discussões e como elas podem continuar a moldar um sistema financeiro mais justo e inclusivo. Como costumo dizer, a transformação é um processo contínuo, e eventos como este são cruciais para manter o ímpeto e a energia necessários para promover mudanças significativas para o futuro, no presente.
