A Transição e o Futuro da Sustentabilidade
Por Paulo C. Miranda * e Arthur A. Covatti **
Considerando que as medidas de combate aos efeitos das mudanças climáticas são urgentes, a transição para práticas mais responsáveis e sustentáveis é uma necessidade!
Recentemente, Larry Fink, CEO da BlackRock, reforçou essa ideia ao redirecionar o foco dos títulos ESG para investimentos em transição. Essa mudança sinaliza uma nova era de conscientização sobre como os investimentos podem e devem promover um impacto positivo contínuo.
Diferentemente da interpretação apressada de alguns analistas, a transição mencionada por Fink não é uma ruptura com os valores ESG, mas uma evolução. Numa perspectiva de impacto, nada mudou. As empresas ainda precisam ser avaliadas pelo seu compromisso com a sustentabilidade e as demandas sociais; pela capacidade de gerar retornos duradouros; e, por fim, pelo preparo para lidar com os riscos climáticos, de transição (e outros) relacionados à pauta financeira/econômica e também de ESG.
Desse modo, para os gestores do capital, o ESG não tem uma motivação ideológica, mas sim de mercado (ou seja, econômica). A sinalização da BlackRock é de que os temas climáticos e de transição ganharam prioridade nessa avaliação. Isso faz sentido, principalmente quando consideramos o insucesso global em frear as mudanças climáticas e as previsões cada vez mais alarmantes dos seus impactos econômicos (alguns já consumados, diga-se de passagem).
É importante olharmos para a transição como um componente essencial da jornada ESG. Investimentos em transição são aqueles que apoiam empresas, setores e países em seu caminho para se tornarem mais sustentáveis, mesmo que ainda não sejam perfeitos – já que, de fato, todo o capitalismo passa por uma macrotransição, fruto de uma realidade que não pode mais estar desassociada de um futuro sustentável.
Este é um processo de transição, que precisa acontecer agora e que mexe com os fundamentos das economias de mercado e as regras para um capitalismo global mais consciente. Não podemos esperar por soluções perfeitas ou por um futuro distante. Cada ação conta, e cada investimento em transição é parte dessa macrotransição, um passo importante em direção a um mundo mais sustentável.
Precisamos levar em consideração não apenas o impacto que criamos hoje, mas o futuro que estamos construindo. Costumamos dizer, na DEEP, que impactar é um verbo que devemos usar no presente contínuo – nem no passado, nem no futuro.
Assim como outras empresas de tecnologia dedicadas à mensuração de impacto, a DEEP desempenha um papel vital nesse processo, oferecendo a solução necessária para que as empresas possam mensurar seus indicadores de sustentabilidade, entendendo assim como melhorar seus impactos ambientais e sociais.
A transição é agora, e o impacto é o nosso presente contínuo!
* Paulo Miranda é CSO e cofundador da DEEP
** Arthur Covatti é CEO e cofundador da DEEP